terça-feira, 12 de agosto de 2008

Caros leitores de Cidade de Deus:

Fomos conhecer novas terras e novos céus. Voltamos a 1 de Setembro. Muito mais activos e cheios de vontade de fazer mais e melhor.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

A escrita de Papini sobre Cristo...

«No Evangelho a pobreza não é um enfeite filosófico nem uma simples moda mística. Não basta ser pobre para se ter direito a ser cidadão do Reino. Não basta deixarmos as riquezas e tornarmo-nos pobres para nos tornarmos logo perfeitos. A pobreza do corpo é um requisito preliminar como a pobreza do espírito. Quem não se convence de que está em baixo não pensa em subir ao alto; quem não se despegou de toda a propriedade material, laço que venda os olhos e peia as asas, não adquire o gosto dos bens essenciais».
in História de Cristo, Papini Giovanni - Editora Livros do Brasil

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

I parte O Futuro da Espécie Humana em TEILHARD de CHARDIN PARUSIA CRISTÃ

Não está de moda pensar o futuro da Humanidade quanto ao seu termo final. Tanto quanto é do meu conhecimento, os que têm pensado o futuro da espécie humana limitam-se a perspectivar a subsistência dela sobre a Terra e figuram o cenário dum planeta exaurido de recursos que obrigaria os últimos sobreviventes a procurar noutros planetas os meios de subsistir. No pressuposto de que o Homem, na sua forma actual, seria o termo final da Evolução, o non plus ultra do processo cósmico iniciado com o big bang, têm do futuro a visão duma humanidade transformada em nómada do espaço, migrando de mundo em mundo após ter esgotado em cada um os meios de subsistência. Assim se prolongaria pelos séculos dos séculos o futuro duma espécie que representa ao olhar de todos o último passo na caminhada da Evolução, e aos olhos de alguns o vértice para que se orienta todo o processo evolutivo.
Nesta perspectiva não cabe, obviamente, a resposta à interrogação do e depois? final que, no entanto, continuará a ser colocada pelas mentes inquietas. É que cada migração representará sempre um adiamento do fim. Mas, no fundo, todos sabemos que, como a vida dos indivíduos, também a das espécies caminha para um termo de que encontramos abundantes exemplos no planeta que habitamos.
Teilhard de Chardin terá sido o único (tanto quanto julgamos saber) a pensar o problema do futuro da Humanidade na perspectiva da Evolução total, colocando-o em termos que ninguém mais ousou, a saber: sendo o Homem o ponto para que converge toda a Evolução cósmica, será que o seu estado actual é o definitivo, ou, para além dele e através dele, estará em curso uma nova etapa da Evolução que, implicando a transformação do Homem como o conhecemos, será, essa sim, a etapa final, a verdadeira pedra de fecho da abóbada da Evolução?
É claro que, independentemente da solução, o problema interessa, já que, colocá-lo nesta perspectiva é fazer a pergunta radical e definitiva sobre o futuro de todos nós. A magnitude da questão assim colocada faz parecer mesquinhas as tentativas já feitas (duas no século XX com os resultados que se conhecem) de moldar o futuro da Humanidade e que, na aparente grandeza dos seus propósitos, o mais que faziam era gizar o que pensavam dever ser a arquitectura da organização da Humanidade – não mais.
Colocado na perspectiva indicada, o problema extravasa claramente os propósitos daquelas tentativas, como também as eventuais diligências a fazer para gizar novas formas de organização da família humana.
Por isso, não será impertinente repristinar a visão teilhardiana sobre o futuro da Espécie Humana.

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Ao contrário dos filósofos da História, T. C. não produziu sobre o tema reflexões metafísicas esgrimindo ideias abstractas. Ele, que sempre se definiu como um “filisteu da filosofia”, encarou o tema na óptica do cientista que, na observação da Matéria, tenta descobrir as etapas da Evolução e o seu eixo condutor. Assim, T. C. não pergunta, em abstracto, como será a Humanidade de amanhã. A pergunta subjacente à reflexão teilhardiana é mais profunda: será que o Homem, como o conhecemos, representa o termo final da evolução cósmica, ou nele e através dele a Evolução continua com as forças da Cosmogénese a comporem um ultra-humano? E, no caso afirmativo, qual a direcção imposta ao processo pelo eixo da Evolução?
Como é óbvio, assim colocado, o problema não admite devaneios na resposta: tem que se ater ao observado no processo da Evolução. Por isso, T. C. sublinha: “em nenhum momento abandono o terreno da observação científica. Não uma especulação filosófica, mas uma extensão das perspectivas biológicas – nada mais, mas nada menos.”
Há um pressuposto que lhe permite colocar a questão nos termos em que a coloca e pensá-la como a pensa. Esse pressuposto tem a ver com o lugar do Homem no Universo e com a sua inserção no processo evolutivo. Ao contrário, por exemplo, de Jacques Monod, para quem o Homem “está à margem do Universo onde deve viver”, para T. C. o Homem é, de corpo inteiro, parte do Universo. A matéria pensante que é o Homem não é para ele, como para os materialistas, um epi-fenómeno, nem um para-fenómeno, como pretendem os animistas, mas O FENÓMENO para que se orienta todo o processo da Cosmogénese. Além de o ter dito explicitamente, explicou-o quando escreveu: “No universo material, a Vida não é um acidente, mas a essência do fenómeno. No mundo biológico, a Reflexão (isto é, o Homem) não é um incidente, mas uma forma superior de Vida.”

©J. Tomáz Ferreira
Licenciado em Teologia

II parte Futuro da Espécia Humana...

É neste pressuposto que colhe legitimidade a pergunta que atrás formulou quanto a ser o Homem, no seu estado actual, o termo final da Evolução.
A resposta de T. C. é decididamente negativa: “Nada prova que o Homem tenha já chegado ao termo de si mesmo, que tenha atingido a sua maior altura: pelo contrário, tudo sugere que estamos a entrar neste momento numa fase particularmente crítica de super-humanização.”
Justificar esta peremptória tomada de posição exigiria expor aqui toda a concepção teilhardiana da cosmogénese, em que, do ínfimo ao imenso, os elementos se constituem por agrupamentos de partículas (a estrutura granular do Universo), sendo que a cada etapa da Evolução corresponde não apenas um aumento do número de partículas que se agrupam, senão também um grau de organização cada vez mais elevado, introduzindo, transversalmente ao Ínfimo e ao Imenso (dimensões eminentemente espaciais), uma terceira dimensão, a Complexidade (de carácter temporal) que gera ou condiciona o emergir da Consciência. Na escala da Consciência, comum a todos os seres vivos, que a ostentam em maior ou menor grau, o Homem representa o ponto mais elevado: no Homem e só no Homem a Consciência se tornou reflexa – de todos os seres vivos, o Homem é o único que não apenas sabe, mas sabe que sabe.
Estará completo o processo da Cosmogénese? Não, porque o aparecimento da Consciência reflectida “representa nada menos do que um renascer completo da vida terrestre sobre si mesma. Reflectindo-se psiquicamente sobre si, a Vida empenhou-se positivamente numa nova etapa”.
Essa nova etapa, na visão de T. C. vai ser vencida pelo agrupamento de todas as moléculas pensantes e pela sua articulação, de modo a constituir “uma única unidade orgânica maior, fechada sobre si mesma, uma única arqui-molécula, hiper-centrada, hiper-consciente, coextensiva ao astro em que nasceu”. Em suma, a transformação do Homem em Humanidade, a constituição desta em unidade orgânica, eis a realidade para que aponta a cosmogénese teilhardiana: “Uma Planetização simultaneamente externa e interna da Humanidade, eis, no fim de contas, o que nos espera: eis aquilo para que caminhamos inevitavelmente”. E noutro ponto; “Queiramos ou não, desde as origens da História, e por obra de todas as forças conjugadas da Matéria e do Espírito, nós colectivizamo-nos, lentamente ou por impulsos, um pouco mais cada dia que passa. (…) É tão impossível a Humanidade não se agregar sobre si, como a inteligência não aprofundar indefinidamente o seu pensamento”.
Isto escrevia o Padre em Pequim no dia de Natal de 1945. O momento não aconselhava a profecia. O mundo acabava de sair dilacerado duma guerra cruel travada em dois continentes e tudo parecia indicar que as divisões entre os homens tenderiam a acentuar-se. Mas T. C. não se deixava perturbar. Segundo ele, “qualquer tendência para a fragmentação, sejam quais forem a sua amplitude e a sua origem, é sempre duma ordem de grandeza claramente inferior à das forças planetárias (geográficas, demográficas, económicas e psíquicas) cuja pressão, crescente por natureza, nos forçará, cedo ou tarde, gostemos ou não, a unir-nos numa qualquer unidade humana solidariamente organizada.”

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Não era, pois, a observação superficial dos acontecimentos em curso o que determinava as conclusões de T. C. Era a conjugação de duas realidades, a seu ver, evidentes: por um lado, a verificação de que, ao longo de milhares de anos, a espécie humana se multiplicara prodigiosamente e continuava a multiplicar-se; por outro, a constatação de que, até por força da sua forma esférica, a Terra oferecia a esta espécie – a única omnipresente à face dela – um espaço limitado. Assim, se ainda não enchia, a Humanidade iria inevitavelmente encher a terra e, com a Terra cheia, continuaria a multiplicar-se. Isso significava que, após uma primeira fase de expansão, a Humanidade passaria à fase de compressão.
Do antecedente, T. C. aprendera que há uma relação fundamental entre compressão biológica e aumento de Consciência. Assim, a conclusão impunha-se: a compressão iria obrigar à organização, que induziria um novo grau de complexidade, e um consequente novo patamar de Consciência: “Sob o efeito das forças que a comprimem em vaso fechado, a substância humana começa a ‘planetizar-se’, isto é, a interiorizar-se e a animar-se globalmente sobre si mesma”. O que quer dizer que, na cadeia da Evolução, sem ruptura nem quebra de lógica, à molécula pensante individual vai seguir-se a molécula pensante colectiva com as dimensões da Humanidade. O que está em vias de se formar é um verdadeiro organismo “que ainda não ultrapassou a fase de simples embrião”, mas que vai prosseguindo impiedosamente a sua marcha: “Enquanto durar, o mundo humano já não pode continuar a existir senão organizando-se cada vez mais estreitamente sobre si mesmo”.
Como resultado dessa organização, a Humanidade configurará aquilo que T. C. chama um “Cérebro de cérebros”: “Entre o encéfalo humano, com os seus biliões de células nervosas enredadas, e o aparelho pensante social, com os seus milhões de indivíduos a pensarem solidariamente, é evidente a existência de um certo parentesco… Dum lado, um cérebro elementar formado por núcleos nervosos, do outro, um Cérebro de cérebros”. De qualquer modo, “à nossa volta, tangivelmente e materialmente, o invólucro pensante da Terra – a Noosfera – multiplica as suas fibras internas e aperta a sua rede; e, simultaneamente, a sua temperatura superior eleva-se, o seu psiquismo sobe”. Portanto, o que está em vias de acontecer, fruto da Planetização, é aquilo que T. C. chama uma “segunda hominização”, uma “cefalização” da Humanidade.
Essa cefalização implica necessariamente um salto na ordem do conhecimento, mas não se limita a ele – projecta-se também no campo dos afectos: “Não é a dureza nem o ódio: é uma nova forma de amor ainda não experimentado pelo Homem, que se faz antever que traga no seu seio a onda de planetização que cresce à volta de nós”. Esta exigência do “amor” (ao menos na versão minimalista de “afinidade mútua interna”) é a condição indispensável para que, na totalização, os indivíduos não apenas não percam, mas potenciem as suas qualidades cêntricas, isto é, a sua personalidade. A perder-se esta no processo de totalização, estaríamos não perante um progresso, mas um retrocesso da Evolução: estaríamos a regredir, em lugar de avançar.

©J.Tomáz Ferreira
Licenciado em Teologia

III Parte O FUTURO DA ESPÉCIE HUMANA em TEILHARD de CHARDIN e a a PARUSIA CRISTÃ

Chegada a este ponto de maturação, o que espera a Humanidade? Segundo T. C., “a hominização só se concebe (…) como indo dar a um ponto de reflexão colectiva em que a Humanidade, tendo realizado (técnica e intelectualmente, ao mesmo tempo), em si e à volta de si, o máximo de coesão possível, se encontrará transportada a um ponto crítico superior – de instabilidade, de tensão, de penetração e de metamorfose ao mesmo tempo – ponto esse que para nós coincidirá, ao que parece, com os limites fenomenais do Mundo”. E este seria o fim do Mundo, segundo o cientista T. C. – a consumação da Noogénese.

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Para o crente T. C., a verdadeira consumação da Noogénese verifica-se na Cristogénese, que funciona não apenas como culminar, mas como condição daquela: “A planetização da Humanidade supõe, para se realizar correctamente, além da Terra que se contrai, além do pensamento humano que se organiza e se condensa, um terceiro factor ainda: quero dizer, a ascensão no nosso horizonte interior de um centro cósmico psíquico, de um pólo supremo de consciência, para o qual convergem todas as consciências elementares do Mundo, e no qual elas possam amar-se: o emergir de um Deus”. Mas aqui entramos no domínio da Fé.
Só que a Fé não se apresenta como uma intrusa. T. C. nota que “a cosmologia cristã, ligada e articulada no seu cume com a cosmologia humana, revela-se fundamentalmente homogénea com esta em valor real. Consequentemente, o dogma não se reduz a uma simples representação imaginária; emana autenticamente da História: e é literalmente e não metaforicamente que o crente pode iluminar e prolongar em Cristogénese a génese do Universo à sua volta”. É que, na visão teilhardiana, cada mónada humana é centro de si mesma – é a isso que conduz inevitavelmente o surgimento da consciência reflexa. As mónadas conscientes encontram-se envolvidas num processo de planetização que “não pode deixar de avançar cada vez mais além num sentido de unanimidade crescente”. Será que um tal processo pode continuar indefinidamente? A resposta de T. C. é clara: “esta unanimização, porque de natureza convergente, não pode continuar indefinidamente sem encontrar um termo natural aos seus desenvolvimentos. Todo o cone tem o seu cume”. E aqui surge o impasse. Convergindo umas com as outras, as mónadas humanas, todas elas centradas, acabam por formar uma super-mónada pensante (o Cérebro de cérebros). Onde encontrar-lhe o Centro?
À luz da Fé, T. C. responde: o centro é Cristo. E anota a complementaridade: no Mundo temos uma esfera (a Humanidade formada pela convergência de todas as mónadas conscientes) à procura dum Centro; e temos em Cristo, dada a sua natureza divina, um Centro à procura da sua esfera.
Quando se encontrarem, será a Parusia: o advento dos novos Céus e da nova Terra, quando a Humanidade, auto-assumida como unidade, depois de por si ter acedido ao ultra-humano, for transportada para “algum trans-humano, no próprio coração das coisas”. E o fim será “não já uma desagregação ou uma morte, mas um novo avanço e um re-nascimento (desta feita fora do Tempo e do Espaço), por excesso de unificação e de co-reflexão”.

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Não faltará quem veja nesta antevisão da Parusia a denegação do que nos habituámos a considerar como a descrição bíblica do fim do mundo. Concorrem para tanto os textos de Mateus e Marcos (caps. 24 e 13, respectivamente) segundos os quais alegadamente o fim do mundo seria acompanhado de sinais temerosos e perturbações cósmicas. Aduzem-se ainda os nada tranquilizadores textos do Apocalipse – os selos, as trombetas, as pragas, as taças da ira divina (caps. 11-14). Esta visão tremendista foi acolhida pela liturgia – releia-se a sequência Dies irae da Missa de defuntos - e pelas representações plásticas do evento.
Para a correcta compreensão desses textos, impõem-se algumas observações.
As passagens de Mateus e Marcos misturam o fim do mundo com a destruição de Jerusalém e esta, como referido por Flávio Josefo na Guerra Judaica terá sido efectivamente acompanhada por sinais estranhos, que o historiador, aliás, descreve.
Aparte os sinais e quanto à substância do que irá suceder, deve dizer-se que de todos os textos bíblicos resulta que a História da Salvação se constrói numa dialéctica de luta entre o bem e o mal – como é patente, de resto, na própria vida de Jesus e no desfecho em que culminou. O Apocalipse retrata, na linguagem própria do género literário a que pertence, essa luta dramática entre o bem e o mal, que não será, de resto, apanágio exclusivo dos últimos dias, mas que se arrasta ao longo de todo o percurso da Humanidade. Quem se debruçar sobre o que tem sido a história dos homens poderá testemunhar que a toda ela – e não apenas a eventos mais ou menos recentes – se poderá aplicar o escrito no Apocalipse.
De resto, em todos os casos estaríamos confrontados com o como e não com o quê da Parusia. E é ao quê que se limita a previsão de Teilhard. Porque, quando interrogamos os textos sagrados sobre o quê, eles respondem-nos com o surgimento duma realidade nova, duma realidade outra em relação àquela que conhecemos. “Nós, porém, segundo a Sua promessa, esperamos uns novos céus e uma nova terra onde habite a justiça” (2Pet., 3, 13). Outrotanto no Apocalipse: “Vi então um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham desaparecido” (21, 1).
Ninguém negará que a visão de Teilhard se casa perfeitamente com estes dados bíblicos. Mas também o cristocentrismo da sua concepção da humanidade futura encontra confirmação no texto paulino que o Padre escolheu para figurar no seu testamento espiritual: “Quando todas as coisas lhe tiverem sido submetidas, então o próprio Filho se submeterá Àquele que tudo lhe submeteu, a fim de que Deus seja tudo em todas as coisas” (1Cor., 15, 28).
A submissão de tudo ao Filho bem pode ser uma outra forma de exprimir o centramento em Cristo duma Humanidade unificada, que terá, mediante o esforço dos homens, levado a cabo a gigantesca tarefa que lhe foi cometida por Deus no início da criação: a tarefa de “dominar a Terra”. A pesquisa do homem vai-o levando a conhecer progressivamente e cada vez melhor os segredos do criado – e essa é uma primeira forma de domínio. Mas não só: através da técnica, o homem vai conseguindo, cada vez mais e cada vez melhor, pôr ao seu serviço o mundo que Deus criou para ele: o homem vai realmente “submetendo” a si as realidades criadas. Assim se realizaria a dupla mediação: da humanidade em relação às coisas (“tudo é vosso”), de Cristo em relação aos homens (“vós sois de Cristo”), com tudo a culminar em Deus (“Cristo é de Deus” – cf. 1Cor., 3, 22-23). O esforço de investigação, hoje organizado e desenvolvido a nível global (como, aliás, fora previsto por Teilhard de Chardin) parece dar já alguma consistência concreta a esta hipótese.
E então, com Cristo no centro da Humanidade dominadora das realidades criadas, Deus será realmente tudo em todas as coisas. E, com toda a clareza, Cristo aparece como o Alfa e o Ómega, o Princípio e o Fim da História no seu sentido pleno – cósmico e não apenas humano.


©J. Tomaz Ferreira
Licenciado em Teologia