segunda-feira, 8 de junho de 2009

MAS AS CRIANÇAS, SENHOR...




Filhos atormentados, de pais separados,
estais na encruzilhada de caminhos que divergem,
lugares de encontro dos corações, durante a noite.
Sois os laços que não podem ser desfeitos, as carnes que não podem ser desunidas.
Sois o vosso pai e a vossa mãe, que, em vós, se não podem divorciar,
e sois o seu amor que sobrevive, enquanto viverdes.
Sois “eles”, para sempre casados.

Filhos abandonados, de pais desconhecidos,
sois os rostos de pais e mães, a vossos olhos sem rosto,
flores frescas, sem nome, em bem organizados herbanários.
Sois vidas nascidas de desejos sem limites,
mas preenchendo, os desejos de Deus,
sois seus filhos, mais que outros ainda, porque sois corações desocupados,
disponíveis para o Seu Amor de Pai.

Se quiserdes, filhos abandonados,
o Pai “educar-vos-á”, como seus filhos queridos,
pois Ele arranjou um lugar muito grande para vós,
sem ser disputado por pais que tudo sabem,
pensando, muitas vezes, fazer melhor que o Pai da vida.

Filhos atormentados,
Filhos abandonados,
VIVEI!
Michel Quoist, Falai-me de Amor, ed. Paulistas, p.174