segunda-feira, 12 de julho de 2010

R E Z A R

“Assola-me frequentemente, assim que digo uma ou outra das nossas orações, ou o Pai Nosso, a sensação de ser invadido por pensamentos tão fecundos, que renuncio a dizer as orações seguintes. Com efeito, quando tais pensamentos vêm, é preciso saber abandonar qualquer outra devoção para lhes dar lugar, os escutar em silêncio e não os contrariar em nada. Pois então é o próprio Espírito Santo que fala, e uma única das suas palavras tem mais valor do que mil das nossas orações.
Frequentemente, também aprendo mais orando do que estudando muito e reflectindo…Aquilo que disse há pouco a propósito do Pai Nosso, repito-o: se acontecer que o Espírito Santo se ponha a exortar-te interiormente, dando-te pensamentos ricos e luminosos, presta-lhe a honra de abandonar os teus próprios pensamentos, que não são senão as tuas reflexões e meditações pessoais. Escuta aquele que sabe mais do que tu. Presta atenção às suas palavras e transcreve-as: assistirás a milagres.”
Martinho Lutero
(cit. Por FANGEN Ronald, in Une révolution dans la chrétienté)