sábado, 22 de março de 2008

*Antologia

SALVE, Ó CRUZ

Salve, cabeça de sangue, coroa de espinhos, cabeça ferida, quebrada, espancada, coberta de escarros.
Salve, esse teu rosto, que traz o sinal da morte, já perdeu a juventude, mas os Altíssimos adoram essa palidez.
Espancado, morto por culpa dos nossos pecados, o Teu rosto ainda brilha aos olhos do pecador!
Sou culpado, mas perdoa-me; estou perdido, mas não me rejeites; à hora da Tua morte inclina para mim um pouco o Teu rosto, deixa-o repousar no meu colo. Quando eu morrer, corre para mim, deixa que nesse momento o Teu sangue me proteja,
Partirei quando Tu quiseres, mas Tu, Senhor, está lá! Abraçar-te-ei nessa cruz que me salvou!

São Bernardo