quinta-feira, 10 de abril de 2008

A Oração

Alfa e Omega

O R A Ç Ã O


Não consigo lembrar se li (e onde) se ouvi (e de quem) a mais bela definição de “oração” em que me revejo: “Rezar é pensar em Deus amando-o”.
Todas as formas de oração são legítimas com a condição de realizarem aquele princípio-mestre. A mais bela forma é sem dúvida o PAI NOSSO, a oração que o Senhor nos ensinou. Mas ao longo dos séculos, a piedade cristã foi engendrando outras, reflectindo nelas as suas angústias, os seus desejos as suas necessidades. Nada de surpreendente se também na oração que faz se reflecte o modo de ser de quem a faz: que cada qual reze como é. Um latino não se exprimirá na oração – como não se exprime na vida – do mesmo modo que um nórdico. É também aqui que se manifesta mais uma faceta da catolicidade da Igreja.
A oração que se segue tem como autor um anglo-saxão certamente anglicano. Trata-se duma oração muito bela que reflecte bem o pragmatismo que caracteriza aquelas gentes.

Oração para de manhã

´´O Deus nosso Pai, ajudai-nos durante todo este dia
De modo que possamos auxiliar os outros, tornar-nos melhores
E sermos a alegria Vossa e daqueles que nos amam.
Ajudai-nos a ser:
Alegres quando as coisas estão mal:
Perseverantes perante as dificuldades
Serenos quando nos podemos irritar.
Permiti que sejamos:
Úteis aos que se acham em dificuldades;
Amáveis para com os necessitados;
Compreensivos para com aqueles cujos corações estão feridos e tristes.
Concedei-nos que:
Nada possa fazer-nos perder o domínio de nós próprios;
Nada possa tirar-nos a alegria;
Nada possa perturbar a nossa paz;
Nada possa tornar-nos amargos para com qualquer homem.
Assim, concedei-nos por todo este dia que aqueles com quem trabalhamos e todos os que encontrarmos possam ver em nós o reflexo do Mestre a quem pertencemos e a quem procuramos servir.
Isto pedimos, em nome do teu amor.
(Dr. W. Barclay’s, in The Scouter,Março de 1961)

J. Tomaz Ferreira