terça-feira, 15 de janeiro de 2008

O Cristão e a Politica

O Cristianismo e os cristãos, como cristãos, declaram-se incompetentes para decidir da organização temporal: política e social. É como cidadão e em nome dos seus interesses temporais que o homem cristão cuida da política e defende os seus interesses e a sua liberdade. Fá-lo com a eficiência que lhe dá a virtude, fá-lo sempre pronto a abster-se do que desonra, sempre pronto a protestar, cada vez que é atropelado o direito (não é nem pode ser “cão mudo” diante da injustiça); mas não o faz como delegado de Deus. Vencido ou triunfante o seu ponto de vista político, colabora com os seus concidadãos, suporta os encargos da vida em sociedade, obedece às leis e aos representantes delas, na plena consciência de que obedece ao Dever ou a Deus: Quem resiste à Autoridade resiste à ordenação de Deus (Rom., 13, 2). Os cristãos não obedecem a homens como a homens, nem por medo ou respeito humano, nem só quando os homens os vigiam, senão como servos de Deus e como quem de ânimo inteiro ao mesmo Senhor faz a vontade (Efes., 6, 6). Só Ele é o Senhor…
J. Alves Correia